domingo, 11 de dezembro de 2011

O show e o cenário.

Por Emílio Terra




O show de Truman. O show da vida.

Sinopse: O vendedor de seguros Truman Burbank (Jim Carrey) vive em Seaheaven, um paraíso terrestre onde todos parecem conviver em perfeita harmonia. Mas, seu casamento com Meryl (Laura Linney) não anda muito bem e, pra piorar, ele sente-se constantemente vigiado.



Decidido a investigar se realmente o estão espionando, Truman começa a perceber uma séries de situações estranhas, que aguçam ainda mais suas dúvidas e levam-no à descoberta: sua vida é um show de tv.



Abandonado pelos pais ainda bebê, Truman é adotado por uma rede de televisão que o cria num mundo irreal: a cidade onde vive é um imenso cenário, sua esposa, amigos, vizinhos, todos são atores contratados. Sua vida é uma farsa, acompanhada por milhares de telespectadores.



A partir de então sua luta é para libertar-se e poder viver verdadeiramente.




       Este filme, produzido no ano de 1998, tem abordagens claras sobre as formas de organização social das cidades e comportamento, do contexto sistematizado pelo homem moderno, do . Ainda que as produções cinematográficas tenham como regência as tramas e romances, elas exercem o papel de verdadeiras vitrines comerciais  para difusão de modelos mercadológicos promovidos pela industrialização. 





       Neste caso, o "morar" é um dos produtos apresentados. No decorrer da trama, o idealizador do Show, denuncia em uma fala -  “Criar maneiras de mantê-lo na ilha.” - a peça chave deste modo de vida, de se “isolar” da realidade, do conhecido modelo da cidade dos subúrbios norte-americanos. Ou seja, consiste na criação de uma ilha, que segundo o crítico social James Howard Kunstler, este modelo de cidade ignora a função dos espaços públicos de inspirar a vida cívica e manifestações do bem comum. Aqui no Brasil, conhecemos como condomínios fechados.


Segue  vídeo em que  Kunstles fala sobre sua crítica ao desenvolvimento urbano no modelo do suburbio norte-americano.











PS: neste link tem uma versão do vídeo com legenda.
http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/lang/pt-br/james_howard_kunstler_dissects_suburbia.html

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