segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

The blanket is everything



B. - Ok. Vamos começar. (abre entre seus braços um lençol branco)

M. - Isto é parte da minha investigação?

B. - Sim. Digamos que este lençol represente toda a matéria e energia do universo, certo? Você, eu, tudo. Nada ficou de fora, está bem? Todas as partítulas.

M. - O que está fora do lençol?

B. - Mais lençóis, eis a questão.

M. - O lençol é tudo.

B. - Exato. Isto é tudo. Digamos que este sou eu, certo? (levanta uma parte do lençol com uma mão) Eu tenho 65 anos e estou usando um terno cinza, blá, blá, blá. (levanta outra parte do lençol com a outra mão) E digamos que este, aqui, é você. Você tem 21 ans, cabelo escuro, etc, (levanta outras partes do lençol e vai indicando) e aqui, esta é Vivian, minha mulher e colega. E aqui, a Torre Eiffel, certo? É Paris. E isto é uma guerra, e isto, um museu, isto é uma doença, isto, um orgasmo, isto, um hamburguer.

M. - Tudo é igual mesmo sendo diferente.

B. - Exato. Mas nosso cérebro esquece isto. Achamos que tudo é separado, limitado. Eu estou aqui, você está aí, o que é verdade, mas não é totalmente verdade. Porque estamos conectados. Porque nós-estamos-conectados.

M. - Claro. Claro. Claro.

B. - Certo. Agora, precisamos aprender a ver a verdade do lençol o tempo todo. Nas coisas do dia a dia. É para isto que serve isto.

M. - Por quê?

B. - Por que o quê?

M. - Por que preciso aprender a ver o lance do lençol o tempo todo?

B. - Bem, você não quer deixar de ver o quadro maior, quer?

M. - Não.

B. - Este é um dos motivos porque está aqui. É isto aqui. Estou falando sobre tudo agora, vai levar um tempo para você entender. Mas isto vai ajudá-lo (abre o saco com zíper)

M. - Como?

B. - Quando entender o lance do lençol, poderá relaxar, porque tudo que sempre quis ter, ou ser, você já tem e é.

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