O sistema visual
«conhece a perspectiva», e isso é-nos muito útil para interpretar uma imagem
tridimensional. Mas isso gera algumas ilusões, quando numa figura plana há pistas
que enganam o sistema visual e o levam erradamente a fazer uma interpretação
usando a perspectiva. Na imagem acima, demonstra exatamente o
que acontece quando usamos a perspectiva para fazer a interpretação de uma imagem
plana. ficamos com a sensação de as duas menias não tem o mesmo tamanho...Mas têm exatamente o mesmo tamanho.
Isso acontece porque o sistema visual usa o ângulo entre as duas rectas
laterais para estimar o ângulo do nosso olhar relativamente ao solo. E isso faz
com que pense que a primeira menina está mais próxima. Ora, se ambas têm a mesma
aparência visual e a menina de cima está mais longe... então a visual que temos é que a segunda menina está sobre a mão da primeira e ela não tendo o mesmo tamanho da primeira.E é assim mesmo que a vemos. O sistema visual (julgando
estar a ser muito esperto) engana-se redondamente.
<<Mas esta é uma «ilusão» que mostra o
sucesso do sistema visual na estimativa da perspectiva. A capacidade que ele
tem para fazê-lo é aquilo a que se chama a «constância do tamanho» dos objetos.
É essa capacidade que faz com que, quando uma pessoa se afasta de nós, não percebemos
a diminuir de tamanho. E, quando vemos uma pessoa ao longe, não temos
geralmente a sensação de que ela é minúscula.
Ou seja, existe um mecanismo cerebral
que impõe a constância do tamanho dos objectos, como se eliminasse o efeito da
perspectiva. E o mecanismo funciona com bastante precisão. Se virmos uma folha
de um certo tamanho ao longe, desde que a distância não seja exagerada, e
tivermos ao nosso lado algumas folhas de vários tamanhos diferentes, sabemos
normalmente escolher entre elas a que tem o mesmo tamanho da que está longe! O
problema é quando esse mecanismo é usado indevidamente... .É real.>>
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