segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Lugar de lugares




A cidade contemporânea não pode seguir assimilando a um só lugar ideal – por acabar o reconstruir- nem tão pouco a um único possível modelo formal – para impor – mas deve ser contemplado como esse multi-espaço decomposto e mestiço, dinâmico e definitivamente inacabado, feito de convivências e evoluções interativas e ligadas.
Do mesmo modo que nos referirmos a uma sociedade plural devemos fazer para uma cidade múltipla: uma multicidade. A cidade já não é uma ilha, é um ventilador de cidades e de “cidades dentro de cidades”. Esta á a essência da metápolis contemporânea: ser um hiper-lugar, um “lugar de lugares”. A cidade contemporânea, abordada desde uma atitude positiva pode converter em torce em uma rica etapa multifacetada “um excitante caleidoscópio de oportunidades”.
Uma oferta (um menu) de situações e experiências diversas em concordância com a própria natureza múltipla e mutável de um cidadão contemporâneo.¹
“Lugares” podem ser definidos em dois tipos: Lugares comuns e Lugares específicos.
Dentre aos quais podemos ainda classificá-los em:
- Lugar de quantidade, onde a sua função é quantitativa.
- Lugar do Existente, que dá preferência ao que já existe.
- Lugar de pessoas, onde primeiramente vem as pessoas, depois as coisas
- Lugar de qualidade, ao contrário do Lugar de quantidade, este contesta a virtude dos número
-Lugar de Ordem, que é o fundamento das competições.
- lugar da Essência, como os vultos históricos.



“Olhando a cidade real, é bem visível que vastos grupos não têm as condições de “habitat”, instrução, mobilidade territorial e lazer criador que o seu ainda inferior nível de desenvolvimento autorizaria. E 21que são “técnicos” que diariamente decidem, para esses grupos, que com este ou aquele espaço ou equipamento “já não ficam muito mal […] ”
“Tal estudo das liberdades urbanas e seus “standards”, uma vez trabalhado rigorosamente nas suas interações, teria uma utilização imediata num projeto (…), para os quais a arquitetura arriscaria, riscando, um sistema de qualidade e relações espaciais e temporais. Teríamos já então relações figurativas  – que permitiriam a edificação e, após o seu uso iniciado, a vida quotidiana invadindo-a, dando-lhe sentido, usando-a, contestando-a, ter-se-iam condições laboratoriais para lançar  uma segunda fase de pesquisa: o juízo interdisciplinar sobre o uso e a transposição das suas conclusões para novos programas de conteúdos.” ²


E não podemos citar lugares sem nos referir às cidade e aos diferentes modos e pontos de vista que a mesma pode ser descrita com a sua relação íntima aos diversos tipos de lugares. Aldo Rossi em seu livro “La arquitectura de la Ciudad”, afirma a arquitetura como ciência urbana. Propondo um olhar que analisasse os meios de transformação que foram sofridos. Tratando de problemas de descrição e focando os estudos nos tipos e outra hora nas questões de estrutura e morfologia.”Ligando a cidade à vida do homem e à memória coletiva.”




Texto postado por: Izabela Hofman

Referências:
[1] ¹  GAUSA, Manuel; GUALLART, Vicente; MULLER, Willy; MORALES, José; PORRAS, Fernando; SORIANO, Frederico. Diccionario Metápolis de Arquitectura Avanzada - Ciudad y tecnologia en la sociedad de la información (traduzido). Editora Actar.
[2] ² PORRAS, Nino. A cidade como arquitectura
[3] ROSSI, Aldo. La arquitectura de la Ciudad.
[4] FERNANDES, João Pedro Capote. Cidades dentro de cidades. O Projecto Urbano na Revitalização da Cidade Contemporânea.


Nenhum comentário:

Postar um comentário