segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Não-lugares, o que é?



Figura representativa extraída de: www.exame.abril.com.br


Não- lugar é um termo da Supermodernidade proposto pelo filósofo francês Marc Augé.Em seu livro Não- Lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade”. Ele define Não- lugar como um espaço  desprovido de personalização, geralmente de passagem ou de rápida estadia, o que não os permite a aquisição de identidade. Ainda em busca da definição deste tema temos no “ Dicionário Metápoles de Arquitetura Avançada”   o termo não-lugares como sendo uma nova “relação entre cidade e tempo” e “espaço da mobilidade” ambas literaturas representam essa definição com: parques, aeroportos, centros comerciais, estações de metrô, rodoviária, estruturas para o ócio, etc.  
Para Augé um espaço que não se define como identitário, relacional e histórico ele é o contrário de lugar (que se define por tudo isso), logo um não- lugar. Para ele há alguns fatores bem contemporâneos que contribuem para a formação dos não lugares bem como novos paradigmas para o cenário arquitetônico do dia-a-dia. São eles: a categoria tempo, as constantes transformações espaciais, o individualismo e o mundo acelerado como influência da hig tech.
A categoria tempo, ligada ao mundo high tech, gera o mundo acelerado. Flávia Rieth diz: “A renovação da categoria tempo se concretiza no aceleramento da história através do excesso de informações e da interdependência do ‘sistemamundo’ criando a necessidade de dar sentido ao presente...” Dessa maneira o ontem já é história com considerável rapidez. Com a high tech vieram incontáveis benefícios como à comodidade de máquinas automáticas ou, por exemplo, de acessar sua conta bancária sem sair de casa, mas também traz consigo um mundo destinado a individualidade.
Tomando “o espaço como prática dos lugares e não do lugar procede, na verdade, de um duplo deslocamento: do viajante, é claro, mas paralelamente, das paisagens, das quais ele nunca tem senão visões parciais, instantâneos, somados confusamente em sua memória...” “E, se chamarmos de espaço à prática dos lugares que define especificamente a viagem, ainda é preciso acrescentar que existem espaços onde o indivíduo se experimenta como expectador, sem que a natureza do espetáculo lhe importe realmente.” “O espaço do viajante seria, assim, o arquétipo do não-lugar.”(Marc Augé em Não lugares páginas 80-81)
"Não -lugares seria um sinal de que a transferência do existencialismo ideológico a um existencialismo lúdico relacionado com a mobilidade do consumo, mas também com a valorização do lazer, o aparecimento de grandes recintos, o exemplo mais claro dessa redução de tempo necessário entre desejo e satisfação" ( Manuel Gausa para o dicionário Metápoles)


Texto postado por: Izabela Hofman

REFERÊNCIAS:
  •  Augé, Marc- Não-lugares: Introdução a uma antropologia da Supermodernidade; tradução Maria Lúcia Pereira. Campinas, SP; 
  •  Antropos- Revista de Antropologia. Texto: habitar o não lugar (Cristiane Dias)
  •  Dicionario Metapoles de arquitetura avanzada: cuidad y tecnologia en la sociedad de la informacion; editora Actar
  •  http://www.comciencia.com.br/
  •  www.exame.abril.com.br
  •  www.youtube.com.br

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